Quem
não fica "com os cabelos em pé" ao descobrir
que a calvície está avançando? Veja como entender
o processo de crescimento e queda dos cabelos e saiba como cuidar
deles. Essas orientações foram publicadas por especialistas
italianos ligados à Revista Vita e
Salute. |
COMO É O CABELO
A
queda ocasional de cabelo, conhecida com o nome de muda,
não é exclusiva dos seres humanos. Espécies
animais revestidas de manta pilosa também a sofrem.
O cabelo, é uma formação filiforme constituída
de células mortas, está alojado numa bainha (folículo
piloso) e se implanta na cutis por dilatação do bulbo
capilar (em uma formação cônica chamada papila)
ricamente irrigado por uma rede de vasos sanguíneos e posta
nos limites inferiores da pele. Cada cabelo cresce cerca de 10 a
20 cm por ano e tem vida útil, de acordo com a região
geográfica onde vive o indivíduo, de 2 a 6 anos.
Na muda, a ligação entre papila e raiz se torna
mais fraca e o cabelo cai espontaneamente ou por mínima tração.
A papila perde sua capacidade produtiva e atravessa uma fase de
repouso. Terminado
o período de muda, desde a papila vazia se forma um novo
cabelo, que terá o mesmo crescimento, comprimento e duração
do que o precedeu. Durante o outono ou a primavera, apenas um pequeno
percentual de papilas perde o cabelo, entre as quais - nos vários
períodos estacionais - se realiza um verdadeiro turno de
repouso.
ALOPECIA
| Em
casos excepcionais, pode ocorrer a alopecia, definida na linguagem
dermatológica como queda parcial ou total dos cabelos
ou pêlos. Na literatura especializada registram-se casos
de pacientes cujos cabelos começaram a cair espontâneamente
e totalmente no outono. No início da primavera, ocorria
rápido crescimento e os cabelos permaneciam até
o término da estação e tornavam a cair
no outono. Isso demonstra claramente um sentido entre o decurso
da alopecia e a sucesssão de estações. |
Sabe-se
que o cabelo se destaca da papila e temporariamente não se
renova, porque os vasos nutritivos desta sofrem contração
nos períodos críticos. Menor fluxo de sangue afeta
a vida e o crescimento do cabelo e também a papila, que sofre
parcial e temporária atrofia. A dependência que a vida
do cabelo tem das condições circulatórias da
papila prejudica o estado emocional do indivíduo, que assiste
impotente à queda dos cabelos. Essa mudança psíquica,
de per si, pode determinar por via nervosa perturbações
da circulação periférica, capaz de incidir
sobre a manutenção do cabelo.
A
queda sazonal de cabelos pode ser agravada em pessoas emotivas quando
sob estados de ansiedade. O dermatologista, ao ser procurado pelo
paciente, deve buscar saber se a queda se deve a circunstâncias
fisiológicas. Em caso positivo, verificar também se
está dentro dos limites aceitáveis.
Outros motivos que podem causar a alopecia mais ou menos difusa
são: moléstias infecciosas que comportam estados febris
elevados e prolongados, estados tóxicos devários tipos,
disfunções endócrinas, sífilis,condições
bacterianas locais e assim por diante.
Com
freqüência, uma queda de cabelos pode indicar alopecia
seborréica, comum no sexo masculino e se inicia em idade
precoce. Enquanto no homem, com o passar do tempo, a cabeça
vai se tornando lisa e brilhante, na mulher a queda ocorre lenta,
difusa e irreversivelmente. Nesses casos, a calvície assume
aspectos semelhantes àquela que ocorre em idade avançada
e espelha a fatal decadência do organismo envelhecido. Não
raro, acontecem curas que eliminam ou retardam esse triste acontecimento.
QUEDA PROGRESSIVA
Embora
tenha um andamento progressivo, a queda de cabelo não é,
uniforme no tempo, podendo se acentuar em determinadas estações,
em períodos de fadiga ou preocupação e, por
vezes, sem causa aparente. Os cabelos são substituídos
por pêlos fracos e descoloridos que, ao caírem, deixam
em seu lugar uns fiozinhos temporários de curtíssima
vida. Após o seu desaparecimento, o couro cabeludo fica totalmente
privado de pêlos e liso. Pequenas escamas são notadas
após esse estágio e o indivíduo passa a queixar-se
de coceira. Frequentemente essas escamas são gordurosas e
desprendem odor desagradável.
Fenômeno natural da senilidade, é a real expressão
de uma deficiência ou de alterações das secreções
hormonais e de lesões vasculares próprias do estado
senil.
OUTROS FATORES
Existe,
no entanto, a calvície precoce cujos motivos determinantes
ainda que não bem definidos, são múltiplos.
Em muitos casos, entra em jogo o fator hereditário.
A
ação dos hormônios sexuais masculinos é
fundamental. Sabe-se que os hormônios sexuais (androgênicos)
não agem como depiladores, mesmo que secretados em excesso,
mas em base a uma marcada receptividade do folículo piloso
em relação a eles.Ao
efeito danoso da seborréia, soma-se a ação
de alguns germes que agem de modo nocivo sobre o aparato capilar,
seja por capacidade própria, seja enquanto capazes de transformar
a gordura em elemento perturbador da alimentação capilar.
UM
CASO ILUSTRATIVO
Estados de choque emocional, tensão, ansiedade e temor têm
parte decisiva. A literatura especializada registra o caso de um
soldado gravemente ferido e preso em um tanque de guerra que, após
meia hora do acidente, começou a perder os cabelos e depois
de apenas um dia estava completamente calvo. Esse tipo de estado
tensional provoca perturbações na circulação
local, que se refletem na alimentação da papila capilar,
no crescimento e desenvolvimento do cabelo.
Não resta dúvida que muitos indivíduos calvos
vivem em estadode extrema tensão a qual, mais que causa,
é o efeito da calvície. A queda de cabelos em pessoas
predispostas pode se constituir em reais estados neuróticos.
Para os psicanalistas a alopecia é um abandono inconsciente
do simbolo da agressividade masculina, que justifica o alarmismo,
às vezes extremado, com o qual muitos jovens enfrentam as
primeiras perdas de cabelo.
Mude com freqüência os produtos usados, alternando as
diversas substâncias vegetais que se usam para o xampu.
A CURA PELAS PLANTAS
Aconselha-se higiene rigorosa, observando a lavagem
da cabeça em média duas vezes por
semana, com xampoo medicamentoso de PH ácido
e contento extratos vegetais como alcatrão
vegetal de bétula, casca de madeira do Panamá,
timo, cedro, urtiga e bardana.
Antes da lavagem, friccione o couro cabeludo com
suco de limão e deixe agir por uma hora. A
medicina popular tem aconselhado, por séculos, comer cebolas
cozidas sobre cinzas para combater a queda dos cabelos. Provar a
receita não custa nada, uma vez que sempre se atribuíram
virtudes terapêuticas à cebola[Revista Vida e Saúde - Outubro/93]
Para
tornar os cabelos sedosos e brilhantes, além de curar a seborréia,
faça isto:
- Misture
15g de um bom óleo com 35g de miolo de boi e 5g de tintura
de benjoim. Dissolver tudo em calor moderado mexendo bem. Aplique
sobre o couro cabeludo. Conserve no refrigerador a mistura.
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