O IMATINIB, IMATINIBE ou STI-571 conhecido como Glivec ou Gleevec é uma medicação usada por via oral, que bloqueia a ação da tirosina quinase, enzima que comanda a multiplicação das células e está relacionada com o desenvolvimento de tumores.
GLIVEC NA LEUCEMIA:
É a arma mais eficaz, além do transplante de medula óssea, para o tratamento da leucemia mielóide crônica.
GLIVEC NOS "GIST":
Também é usado para tratar o GIST (pela sigla em inglês Gastro Intestinal Stromal Tumor), que é um tipo menos freqüente de câncer gastrointestinal; este tipo de tumor normalmente é tratado com cirurgia, mas tem uma taxa de recidiva considerável.
Nesses casos a quimioterapia historicamente quase não tinha efeito nenhum. Com a chegada do Glivec o panorama mudou radicalmente. Na atualidade ele está formalmente indicado como TRATAMENTO PALIATIVO nos casos em que a cirurgia não consegue retirar totalmente o tumor, nos casos em que o paciente já tem metástases e nos casos em que o tumor recidiva. O seu uso como TRATAMENTO ADJUVANTE está em investigação e é provável que se consolide como sendo eficaz no sentido de diminuir a recidiva deste tipo de tumor.
GLIVEC EM OUTROS TUMORES:
Devido ao mecanismo de ação, esta droga está em investigação em outros tipos de tumores com resultados interessantes em alguns casos. Cabe ressaltar câncer de pulmão (de células pequenas), próstata e outros tipos de leucemia. Os resultados são aguardados com extrema expectativa.
DASATINIBE
Foi desenvolvido e aprovado nos Estados Unidos e ao redor de grande parte do
mundo para o tratamento de pacientes resistentes e/ou intolerante ao IMATINIBE.
ANTICORPOS MONOCLONAIS
Este tipo de medicação corresponde a um dos mais fascinantes e promissores tratamentos já descobertos. As pesquisas neste campo são constantes e crescentes.
Os anticorpos monoclonais são moléculas de anticorpos produzidas em laboratórios para induzir o organismo a reconhecer e atacar estruturas de proteínas específicas da superfície de células tumorais. Ao aumentar a especificidade, aumenta-se a eficácia e diminui-se a intolerãncia ao tratamento.
Existe uma série de anticorpos monoclonais já disponíveis e aprovados para uso clínico. Os primeiros foram lançados há alguns anos e felizmente, a cada ano surgem mais.
Os primeiros foram os indicados para linfomas (rituximab ou Mabthera); posteriormente surgiu um para câncer de mama (trastuzumab ou Herceptin).
Mais recentemente foi disponibilizado o bevacizumab (Avastin) para o tratamento de câncer de intestino grosso; o Avastin age como um anticorpo que evita a formação de novos vasos sangüineos, fazendo com que o aporte de sangue (alimento) para o tumor seja cortado (EFEITO ANTIANGIOGÊNICO).
Todos estes tratamentos foram inicialmente investigados em casos avançados mostrando respostas alentadoras. Atualmente são matéria de pesquisa para definir o seu valor em casos iniciais (pacientes não metastáticos).
ALIMTA
Em 4 de fevereiro de 2004 ,o FDA aprovou o pemetrexato(Alimta®, produzido pela Eli Lilly)em combinação com cisplatina para o tratamento de pacientes com mesotelioma que não são candidatos a cirurgia.
Segurança e eficácia foram demonstrados em um estudo clínico multicêntrico e randomizado realizado em 456 pacientes que comparou a combinação de Alimta associado à cisplatina com cisplatina isolada. O acréscimo de Alimta com cisplatina provocou um aumento na sobrevida dos pacientes, estatisticamente significante.
DOXORRUBICINA LIPOSSOMAL
O cloridrato de doxorrubicina lipossomal peguilado é uma formulação lipossomal da doxorrubicina convencional. Consiste em uma molécula também com diâmetro de 85 mm, considerado bastante pequeno, que facilita o acúmulo preferencial do medicamento no tecido tumoral.
Além disso, a doxorrubicina lipossomal apresenta um invólucro na sua superfície chamado MPEG (metoxipolietileno glicol hidrofílico) que cria uma barreira física na molécula e protege o medicamento da degradação por outras células do nosso sistema imunológico, propiciando assim um maior tempo de circulação na corrente sanguínea.
Vários estudos demonstraram uma menor toxicidade cardiológica da doxorrubicina lipossomal quando comparada à doxorrubicina convencional, o que a torna uma medicação ideal para o uso nos casos de pacientes com maior risco cardíaco.
Seu uso é indicado nos casos de câncer de ovário avançado como segunda linha e em primeira ou segunda linha para Sarcoma de Kaposi associado à Aids. Estudos sugerem também a indicação em casos de câncer de mama resistentes ao uso de taxanos. Os efeitos colaterais mais conhecidos são mucosite, estomatite, náuseas, vômitos e eritrodisestesia palmo-plantar.
CETUXIMABE
Cetuximab é um anticorpo monoclonal quimérico humano-murino, que liga-se seletivamente ao receptor de fator de crescimento epidérmico (EGFR) presente na superfície celular bloqueando a sua atividade e dessa forma interferindo no crescimento das células tumorais. Além desse bloqueio do EGFR, outros mecanismos contribuem para a atividade anti-tumoral do cetuximab, como a supressão da angiogênese através da redução de fatores estimuladores do crescimento vascular endotelial em células tumorais e também através da indução de citotoxicidade celular. É indicado para o tratamento de tumores de cólon e reto
avançado. Sua administração é endovenosa, podendo ser administrado em combinação com a quimioterapia ou isoladamente.
Os possíveis efeitos colaterais são a erupção cutânea. No entanto, outros efeitos podem ocorrer durante a infusão, como alterações respiratórias agudas e alterações na pressão artéria, ou tardiamente como cansaço, febre e constipação.
Remédios lançados recentemente que aumentam a sobrevida nos casos de Câncer de Pulmão
Alimta (Lilly)
É uma nova droga quimioterápica, por enquanto usada apenas em combinação com a quimioterapia usual. Tem menos efeitos colaterais que as demais drogas do gênero. Já está à venda no Brasil
Avastin (Roche)
A primeira alternativa eficaz à quimioterapia para câncer de pulmão. É um anticorpo criado em laboratório que bloqueia a vascularização ao redor do tumor e dificulta sua alimentação. A droga ainda não é vendida no Brasil
Tarceva (Roche)
É a primeira droga em comprimidos no tratamento de câncer de pulmão. Age atacando um receptor responsável pelo crescimento desordenado
da célula cancerígena. Ainda não é vendida no Brasil (Fonte: Revista Época
Alguns remédios com resultados promissores e as
novas indicações ainda em estudo |
Medicamento: Avastin (Roche) |
Uso atual |
Onde foi aprovado |
Situação no Brasil |
Possíveis indica infecções no futuro |
Câncer de intestino metastático |
Nos EUA e em avaliação na Europa |
Registro ainda não solicitado |
Pulmão, próstata, mama, pâncreas, rim |
Medicamento: Femara (Novartis) |
Uso atual |
Onde foi aprovado |
Situação no Brasil |
Possíveis indicações no futuro |
Câncer
de mama metastático |
EUA e Europa |
Aprovado |
Câncer de mama, depois de 5 anos de tratamento com tamoxifeno |
Medicamento: Glivec (Novartis) |
Uso atual |
Onde foi aprovado |
Situação no Brasil |
Possíveis indicações no futuro |
Leucemia mielóide crônica, tumores gastrointestinais (GIST) |
EUA e Europa |
Aprovado para GIST. Nos casos de leucemia, é provado apenas quando o interferon falha |
Próstata, pulmão, tumor cerebral |
Medicamento: Iressa (AstraZeneca) |
Uso atual |
Onde foi aprovado |
Situação no Brasil |
Possíveis indicações no futuro |
Pulmão de células não-pequenas |
EUA e Europa |
Aguarda aprovação desde 2002 |
Pulmão em estágio inicial |
Medicamento: Tarceva (Roche) |
Uso atual |
Onde foi aprovado |
Situação no Brasil |
Possíveis indicações no futuro |
Estudos clínicos em pulmão |
Nenhum país |
Registro não solicitado |
Ovário, pâncreas, cabeça e pescoço |
Medicamento: Taxotere (Aventis) |
Uso atual |
Onde foi aprovado |
Situação no Brasil |
Possíveis indicações no futuro |
Mama, pulmão, cabeça e pescoço |
EUA e Europa |
Aprovado |
Próstata, estômago |
Medicamento: Xeloda (Roche) |
Uso atual |
Onde foi aprovado |
Situação no Brasil |
Possíveis indicações no futuro |
Câncer de intestino metastático, mama |
EUA e Europa |
Aprovado |
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