Toda matéria orgânica, plantas e animais mortos, ou partes cortadas de plantas entre outros, sofrem um processo de decomposição lento,
ao final do qual voltam aos elementos carbono, oxigênio, fósforo,
nitrogênio, cromo, zinco e outros químicos iniciais.
Este processo, provocado principalmente por bactérias e fungos, é essencial
na nutrição das plantas, dos animais e na continuidade da vida no
planeta.
A velocidade desta decomposição depende da
relação entre o carbono e o nitrogênio: muito carbono e pouco nitrogênio levam a uma decomposição demorada. A riqueza mineral final depende
da composição do material orgânico inicial: material orgânico rico
dá origem a minerais em grande número. Das
várias etapas percorridas pela decomposição, a mais importante
é a formação do
húmus
(ver quadro ao lado) , matéria indispensável para a vida biológica
e a capacidade nutricional dos solos. O húmus aumenta a resistência
da planta a fungos e insetos. Pela heterogeneidade populacional
que cria no solo, impede o crescimento de fungos ou bactérias
que atacam as plantas jovens. Estimula e equilibra a alimentação
das plantas, desenvolvendo a raiz, instigando a atividade respiratória
e celular.
ADUBAÇÃO
VERDE
Consiste
na incorporação ao solo, de qualquer massa verde, seja ela gramínea
ou não, e que venha a trazer benefícios para o próprio solo.
As leguminosas são plantas mais utilizadas para este fim, em função
delas serem mais eficientes quando comparadas com as gramíneas.
A adubação verde é uma prática utilizada
há mais de mil anos por diversos povos, e uma das mais eficientes
e baratas maneiras de melhorar a terra.
As plantas utilizadas como adubo verde possuem características
especiais, e são em grande maioria da família das Leguminosas,
tendo como elemento comum entre elas o fato de possuirem vagens
onde as sementes são abrigadas.
A característica mais importante dessas plantas, são nódulos formados
em suas raízes por uma bactéria (rizóbio) que tem a capacidade
de fixar nitrogênio na planta (400 kilos de nitrogênio por hectare
em 1 ano). São plantadas consorciadas com outras plantas. Clique
aqui para ver como plantá-las!.
TÉCNICAS DE PREPARAÇÃO DE COMPOSTO
As técnicas de preparação do composto são inúmeras, podendo dizer-se que variam de local para local; mas seja qual for o processo seguido, o composto é sempre uma
matéria orgânica terrosa perfeitamente curtida.
EXEMPLO DE COMPOSTO ORGÂNICO EM ESPAÇO REDUZIDO
O
cesto telado deve ter a altura e a largura de 1,50cm.
Pode-se utilizar a tela de galinheiro ou a tela plástica. |
Todo material de origem animal ou vegetal poderá ser
usado. Usar cavacos de madeira, gravetos, sabugo de milho,
vagens de árvores. Restos de alimentos deverão
ser cobertos com terra para evitar ratos ou outros animais.
Não usar materiais como vidro, plástico, couro, tinta,
óleo ou madeira invernizada ou tratada contra cupins.
A pilha deve ter uma proporção maior de material
que se desfaz lentamente, como galhos, palhas, folhas
e aparas de gramas que entram com o carbono. Revolver o composto 3 a 4 vezes o primeiro mês de compostagem e pelo menos duas vezes depois. |
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Para evitar altas temperaturas (acima de 60oC, deve ser feito
o revolvimento constante ou adição de água. |
ESTRUME
Desde os mais remotos tempos, até há pouco mais de um século, a matéria
orgânica - principalmente o estrume - foi o único fertilizante
empregado na horticultura. Fatores diversos e a necessidade
de debelar o cansaço da terra dentre outros fatores, facilitou
o desenvolvimento dos mais variados métodos de fertilização.
O emprego do estrume ou de matéria orgânica pode não ser
a forma mais econômica de restituir ao solo os principais
nutrientes que dele retiram as plantas; mas a sua aplicação
dever-se-á manter, pois o maior valor do estrume reside
na matéria orgânica em sí, ou melhor, nos benefícios que
ela traz ao terreno.
Em muitos casos, a dificuldade de se conseguir o estrume
necessário ao estabelecimento da horta impede a cultura
intensiva de muitos terrenos que, quer pelas suas qualidades
físicas, quer pela sua localização, estavam indicados
para hortejos. Por esse motivo, procurou-se substituir
o estrume por outra matéria orgânica, em fermentação,
que fosse capaz de produzir os mesmos efeitos.
O composto pode ser feito em pilhas ao ar livre ou composteiras.
As pilhas, são indicadas para quem dispõe de muito espaço
e também gera grandes volumes de resíduos orgânicos, têm
a vantagem de não exigir equipamentos especiais. As composteiras
são indicadas para quem tem problema de espaço ou produz
pequena quantidade de resíduos.
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