O ESPAÇAMENTO DAS MUDAS
Dependerá do porte da planta e do sistema de tratos culturais adotados. O porte da planta
varia de acordo com o clima, o solo e os cuidados com o pomar,
ou seja, em clima mais quente, em regiões mais chuvosas e em
solos mais férteis, as plantas crescem mais que nas zonas de
clima mais frio, com inverno seco mais prolongado ou em solos
pobres, pouco adubados.
As mudas das espécies de clima temperado, quando forem de raiz nua, devem ser plantadas em julho-agosto e as tropicais durante a estação chuvosa
do ano. As de torrão podem ser plantadas ao longo do ano.
Essa operação deverá ser feita cuidadosamente, para assegurar condições adequadas para o crescimento das plantas:
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Em
dia preferencialmente nublado, retira-se das covas a terra
necessária para abrigar o torrão ou o sistema radicular das
plantas.
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No
caso da muda com torrão estar protegida por envoltório, deve-se
retirá-lo cuidadosamente de modo que o torrão não se desfaça.
A preservação do torrão é especialmente importante para certas
espécies (abacate, manga, caju, etc).
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Retirado
o envoltório, o torrão é colocado no centro da cova de modo
que a sua borda superior fique cerca de 5 cm acima do nível
normal do solo.
Esse
procedimento vai garantir que, como assentamento da terra da cova,
o colo da muda fique no mesmo nível do terreno ou pouco acima, mas
nunca enterrado, o que prejudica seu desenvolvimento, além de favorecer
a ocorrência de podridões das raízes e do colo.
Com
a muda da raiz nua, a primeira preocupação é com relação à distribuição
do sistema radicular, que deve ficar o mais naturalmente disposto.
Também nesse caso deve-se cuidar para que o colo da planta fique
cerca de 5cm acima do nível normal do solo.
COLOCAÇÃO
DAS MUDAS NO TERRENO
Depois
da operação de limpeza e aradura, mais ou menos produnda
do terreno, abrem-se as covas. Feita
a cova, deverá ser feita uma boa adubação orgânica, usando-se esterco de curral bem decomposto e bem curtido, porque,
em caso contrário, a muda sofrerá com o calor da fermentação
do estêrco, principalmente se as covas não são
feitas com antecedência de um mínimo de 2 meses.
Devemos colocar 40 quilos de esterco por cova, misturando omesmo
fora da cova com a terra da superfície e depois colocando-se
para dentro da cova a referida terra até ao meio, dando uma
leve pisada, a fim de que possa acamar um pouco.
Deve-se
adicionar, também, ao solo e subsolo da cova, uma mistura
química cuja fórmula é a seguinte: 500 gramas
de farinha de osso ou superfosfato; 300 gramas de sulfato de amônio
e 200 gramas de cloreto de potássio. Aplica-se esta quantidade
para cada cova.
No
ato do plantio, não se deve dispensar o calcamento por cima
da cova, colocando terra em perfeito contato com as raízes
das mudas. Deve-se então, após o plantio, tutorá-las
colocando uma estaca de bambu ou outro material qualquer. Tomando-se
esses cuidados, mantém-se a planta em posição
vertical.
Terminado
o plantio, faz-se uma bacia de irrigação ao redor da muda. Para
isso, a terra dos lados da planta é puxada com uma enxada, de modo
a formar um círculo mais alto que o terreno vizinho, a cerca de
50 centímetros do tronco da muda, o qual servirá para reter a água
utilizada na irrigação.
Uma vez iniciada a brotação da muda, deve-se fazer
as adubações em cobertura, empregando-se um fertilizante
nitrogenado (nitrato de calcio na dose de 50 a 125 gramas por pé),
dependendo do porte da espécie, repetidas quatro vezes a
cada 45 dias aproximadamente, enquanto houver umidade no solo.
UMA
DICA:
Para acelerar o processo de enraizamento de uma muda,
aquelas que são provenientes do caule, pegue
os rizomas da tiririca, batendo-os no liquidificador.
Coloque o caule nesse suco até que ele fique
enraizado.
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