A Poda consiste
em se cortar o único tronco, obtido por meio de sucessivas desbrotas,
a uma altura de 30 a 90 cm, dependendo do hábito de crescimento da planta.
Ou seja, espécies de crescimento mais ereto, como a goiabeira e as tangerineiras,
Plantas
enxertadas e as conduzidas em suportes, (maracujá e videiras), devem ser
periodicamente desbrotadas, eliminando-se todas as brotações que surjam
abaixo das pernadas, no primeiro caso, ou do suporte, no segundo caso.
Essas desbrotas devem ser feitas o mais cedo possível, a fim de que as
partes a serem eliminadas estejam ainda bem tenras, não só facilitando
a operação, mas também evitando que a planta seja ferida ou lascada. Para realizar a poda, o fruticultor deve conhecer o hábito de frutificação
de cada fruteira, bem como os tipos de podas existentes.
A IMPORTÂNCIA DA PODA
A poda é um dos cuidados culturais que exige mais
conhecimentos técnicos, uma vez que se relaciona
com a fisiologia vegetal.
Nem todas as árvores frutíferas mostram
iguais exigências em relação à
poda e até pode-se dizer que as espécies
européias de folhas caducas são as que levam
mais longe estas exigências.
As frutíferas tropicais, na sua maioria, pdem apenas
podas de formação e de limpeza, reclamando,
uma ou outra, as podas de frutificação.
PRINCIPAIS
FUNÇÕES DA PODA
- Dar às árvores uma forma equilibrada
para que a seiva se distribua mais uniformemente possível,
tendo como consequencia uma produção mais
regular e abundante.
- Obrigar a frutificar as árvores que manifestam
pouca tendência para isto.
- Obter, mais cedo, frutos maiores e de melhor qualidade.
- Dar à árvore uma forma mais conveniente,
para facilidade da colheita e tratamentos.
- Eliminar galhos supérfluos e doentes, arejando
a árvore e combatendo e entravando o desenvolvimento
de moléstias e inimigos.
PODA DE FORMAÇÃO
Destina-se a formar a estrutura da árvore, assegurando-lhe um aspecto conveniente, dando posição, comprimento
e direção ao tronco e aos ramos mestres.
PODA DE LIMPEZA
É também chamada de conservação. Executa-se por ocasião dos tratos hibernais e consiste na
supressão total ou parcial das partes atacadas
de doenças, e por vezes muito infestadas de parasitos.
PODA DE FRUTIFICAÇÃO
Cada frutífera exige poda apropriada. O podador deve
conhecer perfeitamente a árvore que vai podar,
distinguindo-lhe certas particularidades
de sua
REPRODUÇÃO
ARTIFICIAL
O modo natural de reprodução dos vegetais é feito através da germinação de sementes. No entanto, existem maneiras
de reprodução, feitas pelo homem, que propiciam bons resultados.
São eles:
ESTAQUIAS - Consiste em plantar um ramo que cria raízes próprias,
transformando-se em nova árvore ou arbusto, em tudo semelhante
à planta de origem.

MERGULHO - Consiste
em enterrar um ramo de árvore para que crie raizes próprias,
quando então será separado ou cortado da árvore mãe.
É um processo muito vagaroso.


Alguns processos
de enxertia são mais delicados, necessitanto dessa forma mais cuidado
da parte do homem e material mais adequado. Por exemplo: tomar um gomo,
borbulha ou ôlho de uma planta, ou mesmo um pequeno ramo ou brôto,
que terá o nome de "cavaleiro", e encostá-lo no
"cavalo", ou planta que servirá de mãe, procedendo-se
a ligação de ambos, sem que se alterem as características
de ambos e obtendo-se melhoras na nova planta.
A tesoura de podar é usada para cortar os ramos a enxertar e para decepar o "cavalo".
O escôpro é usado para fender os caules grandes nas garfagens.
As ataduras servem para ligar bem o "cavaleiro" ao "cavalo".
Fibras de bananeiras, piteiras e outras plantas são excelentes
ataduras.
Tanto o "cavalo" como o "cavaleiro" têm que
pertencer à mesma família botânica. Exemplo: laranja
e limão. Veja a seguir, alguns tipos de enxêrtos:
Toma-se o cavalo que
deve estar em perfeito estado, bem como também a gema (ou olho).
Depois de retirar a gema e o cavalo, faz-se um corte neste último
com canivete bem afiado. Observe os tipos de cortes
na figura. Depois de dado o corte, introduz-se o ôlho
soba acasca do cavalo, passando em seguida as ataduras de modo a deixar
o olho a descoberto.
Reprodução por Borbulha

É
o método de enxêrto mais comum, feito com uma gema ou
"olho" destacado do ramo com certa porção
de casca.
O pedaço da casca retirado para o enxêrto pode ter a
forma triangular, quadrangular ou irregular, embora se use mais a
forma aproximada de um triângulo.
Esse método
consiste em depois de estarem próximos os ramos, cortar a casca
num e noutro; esse cirte deve ficar bem liso, para que a união
seja perfeita. Feito os cortes, faz-se a união dos dois ramos e
passa-se a atadura bem apertada e com voltas bem juntas para proteger
os cortes do sol e da chuva.
Reprodução por Encôsto

É o método
de enxêrto mais antigo, onde a encostia tem que ser feita entre
dois ramos, sendo necessário assim, que estejam próximos
o "cavalo" e o encôsto.
Reprodução por Garfo
 Esse método
consiste na colocação de um ramo sobre o cavalo, o que pode ser feito na lateral, sob a casca, de topo e de justaposição.
(veja a ilustração).
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